Salada PANC, resgatando a coleta no cotidiano

Sempre buscando o mínimo de custo possível e experimentando vivências integrativas com o meio, não é novidade pra muitos nossa busca pela potencialidade alimentícia dos matos que encontramos por aqui. Depois de descobrir a damiana e acresenta-la no chá da manhã e nas saladas improvisadas, tivemos a necessidade de expandir este conhecimento e servir como plataforma propagadora das PANCS e mostrando como ignoramos comida em potencial ao nosso redor.

Nossa salada no último sábado, foi de folhas de damiana , frutos do melão de são caetano e trapoeraba roxa, esta última é um tanto polêmica, pela cor roxa forte, consideramos que podia ter uma quantidade forte de oxalato de cálcio, mas o experimento faz parte da descoberta. Em testes fizemos ela refolgada e comemos cruas em saladas, além de saborosa, na manipulação não percebemos presença forte do oxalato de cálcio. Também tivemos acesso a relatos de pessoas que afirmaram seu uso cru em saladas bem como em sucos verdes (roxos?). A experiência cientifica ficou a cargo Valdely Ferreira Kinupp, doutor em Fitotecnia pela UFRGS, que tipifica a planta em sua tese de doutorado sobre PANCS, segundo o biólogo, não tem problema algum em consumir as flores e ainda relata a experiência de consumo das folhas e ramos cozidos ou na forma de patês. Vale ressaltar a rica composição proteica e mineral desta plantinha.

IMG_20160409_133619A trapoeraba roxa também é conhecida na medicina popular pelo seu efeito diurético, rica em flavonóides, especialmente as flores róseas e ramos arroxeados, seu chá tem efeito diurético, e serve ainda para tratamento das afecções nas vias urinárias, cistite, uretrite e blenorragia.

Trapoeraba-roxa-Tradescantia-pallida-purpurea-1E na busca sobre mais PANCS ao nosso redor, demos um rolê com Fernanda Larocerie, estudante de gastronomia da UFRPE, que também tem um interesse enorme sobre PANCS e já conseguiu mapear algumas dentro da cidade. Primeiramente coletamos a Monguba, espécie de castanha da mata atlântica, mas que cru, tem um sabor que lembra um tipo de coquinho e a Moringa, que tem um sabor bem forte. Ainda nos revelou onde podemos conseguir a maravilhosa Ora pro nobis, e claro que vamos fazer uma mudinha.
IMG-20160412-WA0006Então já sabe né? nossa salada será um mix de novas descobertas
Não percam!

Serviço:
SABAMATA – Estrogonoff de Mangará
Dhuzati – Casa lilás da estrada dos macacos, rua da biblioteca da UFRPE
A partir de 12hrs.

 

One Reply to “Salada PANC, resgatando a coleta no cotidiano”

  1. Poxa legal, tenho um livro sobre PANC (PANC É POP) mas ainda estava me preparando para testar tanto a zebrina como a trapoeraba-roxa in natura. Inclusive quero fazer a água de matali mas in natura como suco mesmo. Vc já testou?