Voto crítico: cumplicidade e colaboração com a destruição do meio ambiente e assassinato de populações humanas

Nos últimos dias a imprensa nacional veiculou a notícia que a senadora do PMDB, Kátia Abreu irá assumir o ministério da agricultura no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Fato que não surpreende nem mesmo xs que acamparam a campanha pelo ‘Voto Crítico’, aquelxs que ilusoriamente acreditam ser a estética vermelha capitalista predatória, encabeçada pela Petista, menos danosa que a estética azul (ou verde amarela) capitalista predatória.

durante-cerimonia-dilma-recebe-da-senadora-katia-abreu-presidente-da-conVoto crítico não critica nada, pelo contrário, conserva e prolonga as políticas imperialistas e genocidas do Estado brasileiro. O clima de desespero antidireita como campanha estratégica do PT, impôs a tomada de uma posição política que impede e ignora a emergência e a legitimidade de construções políticas autônomas e organização social alheia a hierarquia do sistema político moderno.

Não seguir as regras do jogo dos poderosos é no mínimo uma ação contestadora mais digna do que ignorar as violências cometidas pelos governos petistas, advogando pela sua continuação com a ousadia de justificar isto com a alcunha ‘crítico’.

“Enquanto ficamos perpetuamente analisando ‘a conjuntura’ nunca vamos trazer nada que não seja um jeito novo de repetir o velho.”

Algo novo justo social e ecologicamente certamente não irá vir das estruturas que delegam a uma latifundiária – que lutou para coibir as ocupações indígenas em terras sagradas – a missão de presidir a política agrícola do país. Esta mesma estrutura, para iludir os setores sociais, coopta movimentos de camponesxs e agroecológicos, num claro exercício de favorecer através de políticas públicas, ações paliativas e irrisórias, que não agem diretamente no cerne do problema: a abolição de um sistema colonial capitalista e patriarcal baseado no domínio e posse privada da terra para executar enormes plantações de grãos transgênicos, regados com agrotóxicos, plantados em latifúndios quimicamente alterados por fertilizantes industriais, que servirão para exportar e alimentar animais assassináveis, além de base para diversos produtos entalados cheios de compostos químicos – elaborados criteriosamente para dar melhor sabor, odor e aspecto – a serem vendidos em supermercados, substituindo os alimentos naturais, e anunciados pelos meios de comunicação corporativos como saudáveis, apetitosos e fascinantes.

Por fim um pequeno recado a pessoas e movimentos sociais apoiadores da campanha petista:

Ao menos, quando as novas tragédias ambientais e o genocídios forem anunciados se sintam cúmplices, afinal, o sangue da população indígena e camponesa estará com a marca de suas impressões digitais.

Ps.: Para ver o vídeo basta clicar no ícone ao lado do ‘https://’, na barra de endereços, para autorizar o acesso